Você conhece aquela expressão "santo do pau oco".
Deus não se agrada com aqueles que tentam enganá-lo ostentando uma imagem de santidade.
Deus não se deixa enganar!
Os homens vêem as aparências.
Deus vê o coração.
O Senhor não se satisfaz com exterioridade, pois Ele abomina os "sepulcros caiados".
Ele quer nos dar um coração novo e um espírito novo, quer formar-nos discípulos segundo o Seu coração.
A semente está nos sentimentos e Jesus quer atingir a semente.
Ele quer ir ao seu coração e cauterizar a causa: a cólera, a inveja, a ambição, o rancor...
E vai além, Ele quer nos dar um coração semelhante ao Dele: um coração manso, humilde, bondoso, paciente e cheio de amor.
Esta é a meta: mudar o coração!
Isso não depende só do nosso esforço, mas da graça de Deus que quer nos dar um novo coração.
O que fazemos é aceitar, cooperar.
Essa mentalidade é oposta à mentalidade do mundo na qual fomos educados.
Ensinaram-nos a pagar o mal com o mal; o desaforo com o desaforo; a ofensa com a ofensa.
O Senhor quer mudar tudo isso.
A tentação havia nos convencido de que esse tipo de santidade não existia.
Era utopia, ilusão e não devíamos ser presunçosos a ponto de querer conquistá-la.
Mas a grande realidade é que o Senhor quer que cheguemos lá, que passemos além.
Ele nos quer no caminho da santidade.
Jesus nos diz:"Sereis perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celeste"(Mt 5,45).
É uma ordem e uma afirmação.
Este é o propósito de Jesus para nós.
Só não conseguiremos se não quisermos, se não cooperarmos.
É como o artista que pega barro e com ele faz coisas maravilhosas: um prato, um vaso, uma estátua. Deus é o artista por excelência.
Ele quer pegar o barro que somos.
Não é o barro que vai dizer o que será feito dele, e sim o artista.
Não podemos, como barro, dizer ao Senhor: "Eu não posso, eu não consigo!"
Não somos nós que decidimos, quem decide o que fazer do barro é o artista.
Nossa parte é deixar-nos trabalhar pelo Senhor.
Ele decidiu que seremos perfeitos.
Ele quer nos levar além de nossos limites.
Minha parte, a sua parte é deixar-se trabalhar.
Entregue-se, hoje, como um barro nas mãos do oleiro.
Pe. Jonas Abib/Canção Nova